Importância de um bom equilibrio energético

Nem sempre foi fácil conseguir equiparar a produção fotovoltaica ao consumo do consumidor, até porque as pessoas já tem rotinas criadas que por vezes não querem alterar.

Hoje em dia graças a diversos dispositivos de medição que existem no mercado e a preço acessivel, já se consegue fazer um estudo muito mais aproximado do consumo real que cada casa tem, é feita uma medição continua e em tempo real ao invés de se saber apenas o valor da fatura mensal.

Continuam a existir situações em que o aconselhado não se adequa ao necessário (talvez por desleixo de quem instala ou porque só querem vender material, calculo)

Aqui fica um exemplo de uma instalação feita especificamente de acordo com a necessidade do consumidor e da sua carteira também

Das 09h até às 18h esta casa não consome energia da rede e ainda produz excedente que o consumidor por agora não considera vender à rede porque não é significativo, mas pondera sim investir numa bateria pois conseguia anular algum consumo noturno, considerando que a potencia instalada foi baixa (apenas necessário para o consumo diurno), mas o inversor foi sobredimensionado a prever crescimento futuro, com mais três painéis (tem agora 4) conseguirá anular por completo o consumo noturno. O grau de satisfação já é grande considerando que pagava 96 € de fatura elétrica e agora apenas 45 €.

Legenda:

Fase B - Produção solar

Fase C - Consumo

Fotovoltaico com baterias

Sabemos que o investimento em baterias é elevado e muitas vezes faz recuar quem pensa investir mas façamos aqui uma contas.

Aqui vos deixo um resumo de uma das situações:

O proprietário tinha uma conta no ordem dos 140 € mensais em eletricidade e gastava cerca de 500 € em gasóleo.

A instalação inicial previa anular o consumo eletrico o que foi conseguido através da instalação de um inversor de 2500W e 5 paineis de 455 W. 

Passados uns meses o proprietário entusiasmado com os resultados (passou a pagar 60 € de eletricidade), decidiu aumentar o sistema, foi então sugerido um upgrade para o dobro passando a ter então 10 paineis de 455 W e um inversor de 5000W hybrido.

Mais algum tempo passado em tendo a fatura mensal reduzido par 40 € foi verificado que produzia muito para o que consumia, foi então equiacionada a hipotese de colocação de uma bateria de 5,8 kW.

 

Feita a instalação reduziu a fatura mensal ainda mais, mas poderou então adquirir um carro hibrido (uma vez que os seus percursos eram muitos, mas de pequenas distâncias)

Resumindo o proprietário conta hoje com o seu carro hibrido, tem 3 baterias de 5,8 kW (potencia de armazenamento de 17,40 kW) e não gasta combustivel (à excepção quando se desloca para mais de 80 kms), carrega o carro várias vezes ao dia (pois tem capacidade de armazenamento nas baterias e produz diariamente quanto baste para isso e para a casa)

Atualmente a fatura ronda os 15 € mês :)

Considerando que o custo mensal era 630 € achamos que foi um excelente investimento.

No seguimento desta instalação ainda foi solicitada a colocação de um EPS para quando existem falhas de energia da rede (o que é comum na zona e porque o cliente tem muitos equipamentos que requerem energia constante)

Curiosidade

O proprietário aproveita para quando está de férias para desligar a energia da rede pois pode dar-se a esse luxo sem ficar com energia ;) graças ao EPS

Registos de instalações

Temos verificado que muitas instalações não se encontram resgistadas junto da DGEG o que só vem provar mais uma vez a má conduta de muitos instaladores que só se preocupam com o €.

Assim saliento sempre a importância de solicitar ao instalador o registo da DGEG que é seu por direito e não deve ter custos acrescidos é da responsabilidade do instalador (que tem que estar registado) fornecer-lhe esse documento que depois lhe vai permitir verificar através de registo também no portal da E-Redes todos os gráficos sobre os seus consumos e produção.

Assim fica com a certeza que a fatura que lhe surge é mesmo do que consome e não do que produz como já aconteceu em muitos casos em que a comunicação não é feita e por sua vez a E-redes não troca o  contador (porque não tem conhecimento da instalação) e como o contador não está preparado para fazer contagem bidireccional contabiliza a produção como consumo e a fatura ao invés de lhe surgir mais baixa surge muito mais alta do que o costume :(

Análise e melhoria de instalação fotovoltaica

 Aqui temos um exemplo prático de quem pensava que tinha um bom sistema solar, mas com o tempo e a consequente subida dos custos energéticos depressa percebeu que muito equipamento, não significava mais eficiência.

Pelo gráfico agora com um inversor Solax que permite este tipo de análise podemos verificar que embora a PV2 tenha 12 painéis solares a sua produção fica muito aquém da PV1 que apenas tem 5, passo a explicar mais em detanhe.

O proprietário tinha uma instalação de 12 painéis de 250W que daria uma potência de pico de produção de 3000W (contudo nunca teve essa produção) de notar que a instalação estava feita como manda a regra com orientação a Sul e inclinação dentro do parâmetros correctos, a acrescentar a isto  estava feita com microinversores o que beneficiava em muito os possiveis sombreamentos. Mas os resultados eram fracos

Foi feita uma análise através de um medidor de consumo e ao fim de 1 mês percebeu-se que não só o sistema não atingia o esperado como o que produzia não se equiparava ao que a casa necessitava em termos de consumo.

Foi feita então uma proposta de upgrade do sistema com o intuito de aproveitar os 12 painéis que o proprietário já tinha instalados e acrescer então de forma gradual mais painéis até conseguir chegar ao necessário para o consumo diário.

Adicionou-se então mais uma string  (conjunto de painéis) de 5 painéis de 500W totalizando assim 2500W nesta string e perfazendo um total de 5500W de produção de pico no conjunto das duas strings.

Contudo verificamos agora passados 6 meses que os 12 painéis tem uma taxa de eficiência muito baixa como podemos ver pelo gráfico em que o PV1 (de 5 painéis) só perde a corrida entre as 09h e as 11h, ganhando o resto do dia,

Como o proprietário não tinha mais espaço para colocar os 5 painéis na zona onde estavam os 12 tivemos que procurar uma zona diferente e sem as condições "ideiais" para a instalação até porque não era intenção do proprietário colocar no telhado em questão estruturas elevadas para colocação dos mesmos.

Durante uma semana foi feito então a análise visual da exposição solar do telhado disponivel e optou-se pela colocação dos 5 painéis com orientação a Nascente e com inclinação apenas do telhado (que era reduzidissima) cerca de 12%, e conseguimos estes resultados que agora estão visiveis, em que a partir das 11h os 5 painéis conseguem sempre superar a produção dos 12.

Não irei aqui descrever a marca dos painéis por motivos óbvios, mas posso informar a marca do Inversor colocado um Solax 5.0 hibrido, tendo em conta o futuro investimento que o propritário quer fazer em baterias.

Conseguiu-se com isto reduzir em cerca de 100 € mensais a fatura, ainda à espaço para melhoria que passa não só pela colocação das baterias assim como alteração dos 12 painéis (que podem também ser reduzidos em número tendo em conta também a parte estética da instalação de acordo com as pretensões do proprietário).

A fatura mensal era de 500 € em eletricidade, assim o retorno do investimento é mais imediato.

Noruega (a necessidade aguça o engenho)

Mais um exemplo que onde a vontade é forte não existem obstáculos.

Fonte: PPWARE


Link

Noruega instala painéis solares num local onde não há sol

A Noruega escreve direito por linhas tortas e, mais uma vez, tomou uma decisão que pode levantar questões. O país decidiu começar a capturar energia solar num território inóspito, onde o sol não brilha, no inverno. "Colocar painéis solares na rádio Isfjord, no Ártico, pode não parecer uma boa ideia porque temos uma temporada de noite em que está completamente escuro. É claro que não vão produzir nada nessa altura [...]. Começa por explicar Mons Ole Sellevold, consultor técnico da Store Norske. A Noruega iniciou a captura de energia solar num território onde o sol não brilha, no inverno, como parte de um projeto-piloto que prevê tornar o arquipélago de Svalbard, no círculo polar ártico, mais eficiente. Conforme partilhado pela Euronews, no total, são 360 painéis solares instalados a 1300 quilómetros do Polo Norte. Estes vão começar a capturar energia do sol e a disponibilizá-la para a antiga estação de rádio Isfjord, que até aqui funcionava em exclusivo a gasóleo. "O objetivo é que, daqui em diante, pelo menos no verão, a Isfjord transmita apenas alimentada a energia renovável e sem emissões poluentes. [...] é na estação da luz, no verão, que temos o sol a brilhar 24 horas por dia e que também temos um maior albedo, que é o reflexo da luz no ar e na neve, e a baixa temperatura do ar que dá maior eficiência aos painéis. Continuou Mons Ole Sellevold. Svalbard, de 61 mil quilómetros quadrados, é habitado por mais de 2500 pessoas, que se veem alimentadas pela energia proveniente de centrais a carvão ou a gasóleo. O objetivo da Noruega passa por desenvolver um sistema de produção de energias renováveis que permita tornar as comunidades de regiões remotas mais eficientes em termos energéticos e, consequentemente, menos poluentes.

Painéis Solares Fotovoltaicos (Formação)

Desde que iniciei este projecto de redução da pegada ecológica que tentei sempre dar passos em frente, em 2018 ingressei numa jornada de formação numa das áreas que sempre me fascinou -  aproveitamento de energia solar para gerar eletricidade.

Depois de obter formação, tornei-me instalador de sistemas fotovoltaicos e embora numa fase inicial fosse mais uma curiosidade, rapidamente se tornou um bom vicio, que agora partilho convosco. Hoje qualquer desafio é sempre visto como mais uma oportunidade de me superar graças ao conhecimento adquirido.

Por agora deixo-vos algumas imagens de instalações que já efetuei, sem entrar por agora em muito pormenor.

Como sempre sintam-se à vontade para colocarem as vossas questões e na medida do possivel tentarei ser breve nos esclarecimentos das mesmas.

Bem hajam.

Regresso à Ecocasa

Antes de mais quero pedir desculpa a todos os que não tenho conseguido dar resposta, mas tenho estado focado em formação.

Numa breve explicação, para justificar a minha ausência, informo que trabalhei durante 20 anos numa área que em nada estava relacionada com ecologia e eficiência energética e em 2018 decidi dar por finda a minha jornada nessa área e explorar melhor este meu interesse por ecologia e eficiência energética.

Assim e embora já em 2013 tenha iniciado alguma da minha nova formação (numa primeira fase em electricidade), em 2017 dei o "salto" para a área onde sempre me despertou mais o gosto, a energia fotovoltaica, acho fascinante o facto de podermos contrariar a expressão "O DINHEIRO NÃO CAI DO CÉU", (porque cai)

Assim irei retomar as minhas publicações com mais informações e exemplos práticos de instalações de várias tipologias.

Agradeço toda a paciência e o facto de se terem mantido fiéis seguidores. E espero que continuem acompanhar, sendo que estarei agora muito mais activo e procurarei dar respostas a todos os vossos pedidos.

Bem hajam

João Paulo