domingo, 15 de março de 2009

Tentativas na rua parte 2

depois disto http://ecocasa3.blogspot.com/2009/01/tentativas.html e concentrado em acabar com este monstro de consumo, desliguei um dos focos de 150W e parti para mais um projecto, optei por fazer um foco semelhante ao que já tinha mas com as seguintes vantagens:

.muito mais económico
.muito menos dispendioso a construir do que comprar um novo
.resistente (ao contrário do de ferro que já estava a enferrujar e com a tinta a estalar)
.design agradável à vista


um vaso tipo floreira:


revestimento do interior com cartão forrado com folha de aluminio, que deve ser amovivel e deve ser retirado neste ponto:



antes que me esqueça aqui fica o material necessário para a concretização do projecto:




voltando ao vaso, fazer dois furos na parte de trás para passar os fios:


montar fios + casquilhos + lampadas:



passar pela boca do vaso e enfiar fios pelos buracos:




resultado visto de frente:



voltar a colocar o revestimento afastando as lampadas para os lados de forma a surgir um fio de cada lado,colocar os casquilhos na posição desejada e marcar com caneta de feltro os pontos onde se deve furar no revestimento:


fazer furos no revestimento e voltar a colocar no vaso para marcar os pontos a furar no vaso:



pontos marcados, furar para depois poder passar os atilhos:




colocar novamente as lampadas + revestimento já furado e colocar os atilhos a prender os casquilhos:



cortar o excesso dos atilhos que depois serão revestidos com silicone por forma a isolar os buracos de possiveis entradas de água da chuva e afins:



vista de frente ainda sem acrilico e sem as laterais do revestimento que são independentes para podermos colocar e retirar tudo sempre que queiramos:



atrás dar nó entre os dois fios e colocar junção que irá depois passar para dentro de uma caixa estanque por causa da chuva,que também será isolada com silicone transparente:



resultado final com acrilico de 5mm que também irá ser isolado com silicone transparente que o segurará ao vaso e isolará da chuva e afins:



já testei na posição desejada, mas de momento não encontro as fotos, contudo vão por mim, a luz é bem superior à caixa artesanal que já vos tinha mostrado e substitui sem problema os dois focos de 150W cada ou seja passámos de 300W para 40W com ganho de luminosidade, no entanto ainda estou a ponderar outra hipotese que em breve revelarei, aqui ficam os custos:

Vaso - 3,15 €


Cartão - 0 € (disponivel sempre que compramos cerveja em caixa)


Aluminio - 0 € (disponivel em qualquer cozinha)


Cola - geralmente temos em casa,caso contrário não gastamos mais do 2 € e qualquer cola serve para colar o aluminio ao cartão


Casquilhos - 2,05 € (conjunto de 3 no AKI )


Abraçadeiras rápidas (atilhos) - 1,50 € (saco de 50)


Lampadas de 20W - 11,95 (pack 3 lampadas)


Fio e junção - geralmente se tivermos tendência para aproveitar todas as partes de equipamentos antes de os enviarmos para a reciclagem temos em casa, caso contrario também não se gasta fortuna nenhuma


Acrilico - 5 €


custo total: 3,15 + 0,65 + o,o6 + 7,96 + 5 = 16,82 + arredondamento caso não tenhamos alguns materiais = 18 €

foi o custo de cada projector de halógeneo, assim poupei 18 € (porque tinha dois) e agora só tenho um de 200W a gastar 40W que dá mais luminosidade que dois a gastar 300W

mais um projecto bem conseguido

A lenha parte 2

Grande parte da lenha que obtenho é desperdicio que vou buscar ao pinhal (pinheiros que caiem com o vento, não corto nada que esteja enraizado), felizmente que perto de mim tenho vários pinhais e também eucaliptais onde posso ir buscar esse desperdicio (no caso dos eucaliptais só após os cortes efectuadas pelos proprietários que deixam sempre desperdicio dos troncos mais pequenos), aqui estão algumas fotos do processo de corte já em casa, em breve colocarei fotos do pinhal e do processo de corte e transporte.

Aqui está ela ainda por cortar, troncos com cerca de 1m cada (que é medida que cabe na bagageira do Fiesta, na transversal (tenho que arranjar um carro maior, tipo uma Nissan Navara, isso é que era) :



para corte com a motoserra eléctrica, fixo os troncos no torno:



Não esquecer as luvas, mas também outras protecções, dos olhos e ouvidos, óculos e os tampões dos ouvidos, porque a motoserra debita 103Db (o que significa que para que não cause danos nos meus ouvidos não devia estar exposto a esse nivel de ruido mais do que 8 minutos), assim, com a protecção dos ouvidos, posso manter a motoserra sempre ligada enquanto vou optimizando o processo de corte evitando as paragens:



Tudo a postos, vamos ao corte em partes de + / - 33 cm cada:


Aqui está ela já cortada em pequenos pedaços que de seguida com o machado grande racho em quatro partes ou menos:



o resultado final (parcial, porque ainda faltava muita lenha):



entretanto a serradura e cascas que vão caindo do corte com a motoserra, vai ser aproveitada para o processo de compostagem como castanhos (nada se perde tudo se transforma):


ainda neste capitulo o voltando ao post anterior aqui temos os cortes que mostram a qualidade da madeira que pertencia ao estrado da cama que encontrei no baldio:



como devem calcular esta madeira também arde por horas a fio e dá um belo brasido.

A lenha parte 1

Outras coisas que se podem também recolher em torno da nossa casa ou mesmo afastado são madeiras que alguém por algum motivo decidiu que estavam a ocupar espaço em sua casa e que ficariam bem melhor a aprodrecer ou simplesmente a embelezar uma paisagem, então pegaram nos seus carros (gastaram combustivel) e foram deitar fora longe das suas casas essas madeiras (também combustivel) ou seja houve um desperdicio duplo de energia, no minimo poderemos chamar as estas pessoas burras (sem ofender o próprio animal que certamente até é mais inteligente), então aqui hà umas semanas lá fui eu à descoberta de desperdicio de pessoas burras e eis o que encontrei:




pode não parecer muito interessante, mas fazem ideia do que a madeira prensada faz numa lareira? Umas óptimas brasas que duram horas a não tem qualquer dificuldade a arder, este monte em questão continha muita madeira prensada (ou MDF - http://pt.wikipedia.org/wiki/Medium_Density_Fiberboard)


depois de cortada:

grande parte cortei mesmo com o machado pequeno pois este tipo de madeira parte-se facilmente, só esses pedaços na frente da foto é que como eram madeira rigida (pertencia ao estrado de uma cama que encontrei no meio de um terreno quando fui passear os meus cães) teve que ser cortada com a serra circular que mostrarei no post seguinte.

O que consegui: muitas horas de aquecimento a custo zero, limpei um terreno, mais uma vez com a "ajuda" do meu filho (tempo de qualidade passado com ele que adora participar nas actividades do pai) e diverti-me muito como sempre faço.

Pegada Ecológica

Foi na semana passada que sentado a ver televisão ao sintonizar na RTP2, me deparei com uma nova temporada do programa Desafio Verde e lá estava o conceito da Pegada Ecológica (para saber o que é veja aqui http://www.esb.ucp.pt/gea/myfiles/pegada/pegada.htm). Era um conceito que já há muito queria testar,não pelo método que o progama aplica, mas pretendia saber em torno da minha casa até que ponto poderia melhorar as coisas, então aqui fica o resultado:

Onde moro tenho uma excelente envolvência,vejam através a imagem abaixo a casa assinalada com o circulo a vermelho (clicar na imagem para visualizar):



No entanto em meu redor já tinha reparado que havia muito desperdicio das obras aquando da construção da minha casa e de todo o bairro, um processo que pode ser evitado quando os orgãos da tutela passarem a obrigar a uma inspecção antes da entrega da licença da habitação, essa inspecção consistiria numa análise minuciosa do terreno envolvente da casa numa área a definir por forma a que este apresentasse 0% de residuos (mas talvez um dia as coisas melhorem, por agora estão no bom caminho).

O resultado da recolha efectuada no terreno ao lado e por trás foi surpreendente, deixo-vos algumas fotos onde assinalo o que me saltou à vista quando observei os terrenos e também do resultado já em sacos para seguir para a reciclagem (contei com a ajuda do meu filho de 3 anos, que não se cansou de repetir que os Srs. eram porcos e sujavam tudo e também a ajuda da minha mãe que tem 65 anos), encontrei um pouco de tudo, mas em maior abundância plásticos enormes (das obras provavelmente de pinturas) , tubos e garrafas de cerveja (cerca de 100) dos Srs. porcos como diz o meu filho:





ainda no inicio:

mal cabia depois dentro da bagageira do meu Fiesta comercial:

se cada um de nós dedicar um dia a fazer isto (que não custa nada) com os miudos que absorvem tudo o que lhes ensinamos, a pegada ecológica irá diminuir significativamente.